Textos

Do tamanho do Rádio
Radialista afirma que Twitter vem para ficar e revolucionar a rotina dos profissionais do setor

Por Andréa Garbim

Palestra sobre a importância do Twitter na atuação do rádio foi destaque da Semana da Comunicação, da Universidade Nove de Julho, em São Paulo. Na oportunidade o repórter e locutor da rádio CBN Thiago Barbosa falou sobre a evolução do twitter e também detalhou sua atual experiência profissional com a nova ferramenta, que tem dado êxito às principais matérias divulgadas no dia-a-dia.

É fato que hoje os profissionais da área da comunicação, inclusive os jornalistas, devem estar “lado a lado” com a evolução e convergência das mídias, aprendendo cada vez mais o que ela pode oferecer aos veículos de comunicação, em especial o rádio. Segundo Barbosa, de todas as mídias sociais, o twitter foi a que veio para ficar, pois é a ferramenta mais usada e “tem o tamanho do rádio”.

Durante a palestra, Thiago Barbosa descreveu as atividades rotineiras do rádio e deu vários exemplos de como o twitter pode ser usado em benefício desse veículo. O jornalista também afirmou que a nova mídia trouxe mais senso de humor para o rádio – o que é uma boa estratégia para se criar uma comunicação mais linear. “O rádio no Brasil é, de longe, o veículo de comunicação melhor resolvido. Até porque desenvolveu um estilo próprio, original, dotado de força inventiva e frequentemente de senso de humor”, salientou.

A instantaneidade de transmitir a notícia de qualquer lugar, nenhum veículo de comunicação tem. Só o rádio. Para a internet, para a TV, para a revista a notícia tem que passar primeiro pelo editor, e no rádio não. Pois no rádio os profissionais estabelecem uma relação de confiança muito grande, o que permite a agilidade na hora de noticiar.

Em uma de suas falas, Barbosa citou Mino Carta, diretor de redação da revista Carta Capital, que afirma que o rádio, ao longo se sua história e aprimoramento desenvolveu uma linguagem e um estilo que se tornou típico no Brasil: atraente e moderno. “O rádio sofreu alguns fortes impactos da tecnologia recente que desde então vem transformando decisivamente o dia-a-dia dos meios de comunicação”, afirmou Barbosa.

Em meio a tantas transformações que favoreceram o rádio, Thiago citou o celular - que cada vez mais é um computador. Antigamente o repórter tinha que usar o orelhão (com um saco de fichas) e ficar prestando atenção no “bip” do aparelho para colocar outra ficha para a ligação não cair e não interromper sua entrada ao vivo.

Depois dele, o grande avanço foi os e-mails – que mudaram completamente a rotina de trabalho. “Antes para conseguirmos informações, ligávamos (do telefone da redação) para as pessoas. Hoje divulgamos nossos e-mails para que o ouvinte possa se comunicar com a âncora ou com o apresentador da rádio. Isso é um avanço fantástico, primeiro porque não precisamos mais de duas ou três pessoas atendendo telefone - essas pessoas hoje podem produzir outras tarefas; e a âncora ganha tempo, pois tem o material disponibilizado no e-mail: ele lê e já apresenta ao vivo”, enfatizou Barbosa.

Para o jornalista, da mesma forma que a televisão não matou o rádio, a internet não vai matar também; da mesma maneira que o twitter não vai matar o e-mail. Eles vão continuar convivendo, pois são duas formas de comunicação diferentes que se complementam – e isso é notório no dia-a-dia.

Outro exemplo de que o twitter se mostrou uma ferramenta espetacular, foi o sério acontecimento do dia 10/11/09: o apagão - que afetou parte do país deixando a população sem energia elétrica. O blecaute ocorreu a partir das 22h13, atingiu pelo menos dez estados brasileiros. A região mais afetada foi a Sudeste. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo ficaram totalmente sem luz. Em Minas Gerais, houve blecaute total nas regiões do Triângulo Mineiro e da Zona da Mata.

O apagão também afetou o interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, o interior da Bahia e partes de Pernambuco. Do outro lado da fronteira, o Paraguai, que também recebe energia da Usina de Itaipu, ficou às escuras, em consequência do que foi chamado de "efeito dominó".

A grave situação foi anunciada apenas por três emissoras diferentes: SulAmérica Transito, Bandeirantes e Eldorado FM (que entrou em rede com a AM). A SulAmérica não fugiu do seu apelo: o trânsito. Apesar das informações pontuais sobre o apagão, as orientações se voltaram para o deslocamento dos ouvintes pela cidade de São Paulo. A rádio Bandeirantes colocou repórteres, de praticamente todos os estados atingidos, para falar sobre a real dimensão do problema. Já a Eldorado deu voz para um dos novos concorrentes nesse modelo de cobertura: a internet. E mais precisamente, o twitter.

Barbosa explicou que o twitter teve importante função numa situação em que muitas rádios perderam a transmissão. “Naquela noite, muita gente usou o twitter pelo celular. Choveu twitter, e isso nos ajudou demais”, conta o jornalista.

Por isso, o meio alternativo que a população tende a seguir é o rádio o twitter. No meio da escuridão, o fato é que só uma coisa funciona: o rádio. Por mais que alguns tenham aquelas TVs de bolso, à pilha - isso é 001% da população -, o forte, é o rádio. Devido a problemas de rede de energia elétrica se não houvesse o rádio a população estaria em pânico numa situação como o apagão.

Neste caso podemos perceber que a maior convergência das mídas em termos de eficiência, além de interatividade, é o rádio e o twitter. Vamos dar as boas vindas à nova mídia que veio para ficar.


Ética no Jornalismo

Por Andréa Garbim

Segundo Bill Kovach e Tom Rosenstiel, autores do livro "Os Elementos do Jornalismo", a primeira obrigação do jornalismo é com a verdade. O propósito de Kovach e Rosenstiel é mostrar as principais mudanças do jornalismo nos últimos anos de acordo com o que julgam ser a finalidade dessa profissão, “fornecer informação às pessoas para que sejam livres e capazes de se autogovernar”.

Mas nem sempre o que as emissoras - de TV, rádio, jornais e revistas - divulgam é de relevância para a sociedade, nem sempre os fatos são relatados com verdade e imparcialidade. No Jornalismo não existe imparcialidade! Principalmente no atual contexto em que o capitalismo dita as regras da economia e tudo passa a ter seu valor mercadológico, principalmente a notícia.

Notícia como mercadoria pode e deve ser tratada dentro dos princípios de conduta ética e profissional, sem deixar de lado seu principal objetivo: oferecer boa qualidade de informação, satisfazendo o público com um produto fidedigno.

Com base nas aulas de Ética em Jornalismo é possível constatar que o Código de Ética rege a conduta profissional do jornalista e dos veículos de comunicação. Porém não é raro abrir um jornal ou ver nos programas de TV e nos depararmos com notícias tendenciosas, pejorativas, que visam beneficiar uma das partes, mascarando a verdade dos fatos.

O jornalista em si por vezes deixa essa conduta ética de lado, e é justamente na ética do veículo de comunicação que se encontram os interesses escusos que geralmente caminham em sentido contrário ao Código de Ética que rege a conduta moral e legal do jornalista. Isso se dá por conseqüência do monopólio dos meios, da pressa pela audiência e da guerra pela notícia exclusiva.

Diariamente somos testemunhos de ditos jornalistas atentando contra a moral e os bons costumes das pessoas. É inaceitável que o jornalista concorde com a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, políticos, religiosos, raciais, de sexo e de orientação sexual.

Precisamos ter muita cautela ao noticiar uma denúncia ou um fato. Podemos citar como exemplo desastroso, o caso da Escola Base, em que seus proprietários e professores foram acusados - por alunos - de abuso sexual. Um delegado “soltou” a informação, sem antes investigar ou apurar a veracidade do fato. Moral da história: eram todos inocentes.

Provar a inocência das pessoas, de nada adiantou, pois suas vidas já estavam destruídas. Por isso, ao publicar uma notícia, o jornalista precisa – antes de tudo, checar várias vezes o mesmo fato - com diferentes fontes, para não incitar erros irreparáveis.


Novas mídias: um caminho para as relações sociais

Por Andréa Garbim

Atualmente vivemos num cenário de revolução tecnológica, em especial quando falamos da internet. Com as novas mídias é possível enxergamos o quanto ela é capaz de intensificar a comunicação das redes sociais e consequentemente mudar a rotina dos relacionamentos interpessoais e profissionais.

É óbvio que o papel da mídia é criar sociabilidade; é expandir informações que contribuam com o mundo de cada leitor. No entanto, a mídia está mais do que bem acompanhada; ela está bem casada, digamos assim, com as novas mídias. Entre as mais conhecidas estão o MSN, Orkut, Facebook e a nova febre: o Twitter. E eu nem preciso dizer o quanto essas ferramentas já mudaram a vida de muitas pessoas. O resultado é vivenciado!

E aí entra a grande questão: se essa tecnologia toda nos permite conversar, trocar arquivos, entre músicas, fotos, trabalhos entre outros, ela com certeza aumentará a sociabilidade, pois a chance dessas pessoas se falarem mais é cada vez maior e a possibilidade delas se conhecerem também é muito grande.

Contudo, podemos afirmar que as novas mídias são as atuais responsáveis por grande parte das formas de sociabilização. Quando bem utilizadas também representam extrema importância para a inclusão digital na sociedade e acúmulo de conhecimentos sobre suas formas de comunicação dos novos tempos.