Condenadas a 12 anos de trabalhos forçados são libertadas após visita do ex-presidente Bill Clinton
A Coreia do Norte perdoou as jornalistas americanas Laura Ling e Euna Lee depois que o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, viajou ao país para negociar a libertação. A última vez que um líder americano viajou à Coreia do Norte foi em 2000, quando a ex- secretaria de Estado, Madeleine Albright, chegou a Pyongyang.
As repórteres, que trabalham para o site Current TV, de San Francisco, foram detidas em 17 de março na fronteira da Coreia do Norte com a China, enquanto gravavam imagens para um documentário sobre o tráfico de mulheres refugiadas norte-coreanas.
Em junho, a Justiça do país as condenou a 12 anos de trabalhos forçados por entrada ilegal em território da Coreia do Norte.
Laura e Euna receberam o perdão do líder comunista norte-coreano Kim Jong-il depois que Clinton expressou “sua mais sincera desculpa pelos atos hostis cometidos pelas comunicadoras contra a Coreia do Norte, após terem entrado no país ilegalmente”.
Clinton transmitiu a Kim Jong-il o “sério pedido do Governo dos EUA” para que perdoasse as jornalistas e permitisse seu retorno do ponto de vista humanitário. Pouco antes de conseguir o perdão, o ex-presidente se reuniu com Laura Ling e Euna Lee.
O encontro do ex-líder com as jornalistas foi “muito emotivo”, disse uma fonte do Governo americano à rede ABC, mas nem o porta-voz da Casa Branca nem o do Departamento de Estado quiseram revelar oficialmente mais detalhes da missão de Clinton.
Kim estaria disposto a melhorar as relações com os EUA, à medida que se prepara para nomear um sucessor. Ele teria sofrido um derrame há um ano, e sofre de diabetes e doenças cardíacas. Analistas afirmam que seu terceiro filho já estaria sendo preparado para assumir o poder no país
O ex-presidente deixou ontem à noite a Coreia do Norte e voltou para os Estados Unidos. As duas jornalistas retornaram com ele no mesmo avião. Elas devem chegar a Los Angeles hoje.
JT
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