quinta-feira, 25 de março de 2010

Assessoria de Imprensa na Teoria Funcionalista

Por Andréa Garbim

Seguindo o raciocínio dos conceitos da Teoria Funcionalista, a assessoria de imprensa num todo é considerada um meio que compete proporcionar satisfações às expectativas de um determinado público, pois o funcionalismo supõe que o desenvolvimento dos meios de comunicação corresponda a novas necessidades sociais.

As assessorias de imprensa também funcionam como uma agulha hipodérmica – considerando principalmente a assessoria especializada em política, que se encarrega da construção da imagem de uma personalidade parlamentar. Sendo uma fonte emissora, a assessoria na maioria das vezes consegue atingir seu principal objetivo: injetar informações favoráveis do seu assessorado diante da indústria jornalística e do público receptor.

O funcionalismo por sua vez busca explicar a organização social, assim como a sobrevivência de costumes e tradições exercidas pelos seres humanos e as instituições que criam. Para os teóricos, cada indivíduo e cada instituição contribui funcionalmente para a manutenção da organização social. Partindo desse princípio, a assessoria de imprensa representa essa ligação de manutenção e organização social, pois seus conceitos profissionais estão relacionados diretamente aos fatos e fenômenos da comunicação.

GOMES (1997) cita que a mídia destila um “caldo de cultura” e, por essa via, tende a influenciar comportamentos (conjunto de ações e reações) individuais e a dobrar a vontade coletiva. Essa expressão comprova o resultado final das atividades das assessorias de imprensa política, pois além de causar impactos na sociedade, principalmente em épocas eleitorais, modificam ideologias se beneficiando dessa significativa mudança.

A ênfase posta na advertência de que a Comunicação se verifica em um contexto social conduziu muitos funcionalistas a se deterem no estudo investigativo das características do emissor e de suas intenções ao comunicar. (GOMES, 1997: 87)
Considerando a idéia de que o ser humano pode ser condicionado pelo uso recorrente de estímulos, como imagens fortes, opiniões enfatizadas, narrativas etc.; é só saber condicionar essas informações, canalizá-las de maneira adequada que os resultados são previsíveis. É o que acontece com o trabalho das assessorias. E nesse processo há um ato de comunicação; uma sequência interrogativa, descrita por Lasswell: Quem diz o quê, por que meio, a quem e com que efeito?

Esse contexto teórico em que se situa Lasswell era definido pelo ímpeto da comunicação política e da comunicação publicitária, bem como pelo impacto de ambas na sensibilidade dos receptores. É necessário conhecer funcionalmente como circulam essas mensagens, indo de um agente emissor a um indivíduo receptor, surtindo determinados efeitos.

Entre as conclusões de Lasswell, podemos entender que uma assessoria de imprensa tem a mesma pretensão da mídia: afetar o público pelos conteúdos que dissemina. A partir desses conteúdos, os efeitos causados equivalem a reações manifestas do público que compreendem: atenção, compreensão, fruição, avaliação e ação. Portanto, os conteúdos que partem do emissor provocam reações por parte do público.

Por fim, a análise de uma assessoria de imprensa quanto à teoria funcionalista se dá pelas funções exercidas pelo setor, ou seja, pela estratégia de comunicação e ferramentas de trabalho que se utiliza.

Texto inspirado no meu TCC sobre Assessoria de Imprensa Política

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